O primeiro semestre de 2021 reagiu de forma positiva para o transporte de cargas pesadas, principalmente em relação ao agronegócio e à construção civil.
Conforme relatório da Fretebras, o volume do frete rodoviário apresentou crescimento de 65%, sendo que 37% pertencem ao agronegócio, movimentando cerca de R$ 10,8 bilhões em transporte. Entre os produtos mais transportados no agronegócio estão os fertilizantes, soja ,milho e derivados do algodão.
O Brasil é o quarto produtor e segundo exportador mundial de algodão. A produção brasileira dessa commodity chegou ao recorde de 3 milhões de toneladas em 2019/20 e 20/21 à 2,88 milhões de toneeladas apesar da pandemia, uma pequena queda. A Região Centro-Oeste é a maior produtora (74% do total nacional) e Mato Grosso e Bahia seguem como os principais estados produtores (90% do total). O mercado de algodão vive um momento promissor, se reaquecendo apesar do déficit na produção 2021 de 10% a 15%.
A retomada dessa demanda, principalmente externa, em conjunto com o dólar ascendente no período, refletiram também nos preços internos, que chegaram aos maiores patamares nominais já registrados. Os preços internacionais são atrativos e os bons volumes de contratos efetivados levam a crer que as exportações de pluma podem manter, em 2021, esse ritmo comparado a 2020, ano em que bateram recorde, elevando-se em valor (78%) e em peso (103%), de 2018 a 2020, principalmente em função da recuperação das economias dos principais países importadores.
Enquanto que no ramo de construção civil os produtos de linha pesada ganham destaque – a chamada linha amarela
A tendência para o segundo semestre do ano é do contínuo aumento de cargas relacionadas ao agronegócio e de construções civis, isso porque os levantamentos realizados até o momento têm mostrado significativa reação da economia com o avanço da vacinação da Covid-19, aquecendo o mercado e retomando diversas atividades industriais.
Analisando todo o contexto do mesmo período de 2020 e comparando com os resultados deste ano, a alta registrada é de 50,8%, apresentando força para crescer em meio aos desafios e visando resultados ainda melhores com a recuperação da economia.
Esse é um momento de celebração para o transporte de cargas pesadas, não somente relacionado a produtos, mas também maquinários. O transporte mostrou sua importância neste período de pandemia e sem dúvidas rompeu fronteiras.
Artigo escrito por Everton Medeiros, Coordenador Comercial e Logístico na ATRHOL.